"O faturamento da empresa aumentou no último ano com a inauguração da loja no centro do município. Por ser recente, essa nova estrutura, ainda estou descobrindo os números, mas já tenho uma leitura inicial sobre a expectativa de vendas conforme a sazonalidade", afirma a empreendedora Kate Ida, da Cookies N´Blues, de Chapecó (SC), que participou na turma-piloto do Programa MEI UP realizada em 2023. A iniciativa do Sebrae/SC, em parceria com outras entidades locais, incentiva o crescimento sustentável, constante e robusto de microempreendedores individuais (MEIs) a partir de quatro módulos de conteúdos, com aulas e oficinas com especialistas em gestão.
Assim, como Kate outros empreendedores que participaram do MEI UP também obtiveram resultados expressivos em suas atividades econômicas. O programa surgiu no oeste catarinense a partir da proposição da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) e uma construção conjunta com o Sebrae/SC, mas hoje está disponível em todas as regiões catarinenses.
No momento há turmas nos municípios de Chapecó, Caçador, Indaial, São Miguel do Oeste e Tubarão. Levantamento do Observatório de Negócios do Sebrae/SC com os empreendedores que concluíram o programa em Chapecó e Blumenau reforça a eficiência da metodologia.
O MEI UP contribuiu para a expansão dos negócios. Os empreendedores relataram aumento médio de 54,46% no faturamento mensal, pois saíram dos R$ 5,3 mil para mais de R$ 8,2 mil/mês. Fator que contribuiu também para o incremento de 33,52% no faturamento anual, pois a média ou de R$ 48 mil para R$ 64,4 mil por ano. Com isso, 10% dos participantes migaram da modalidade de microempreendedor individual (MEI) para microempresa (ME). Entre as condições que favoreceram esse crescimento positivo nas finanças estão a diversificação de produtos e serviços em 69% das empresas e o aumento de 210% no número de clientes.
Os números também comprovam que a inovação influencia a transformação. Conforme o estudo, após o programa 81,7% dos empreendedores inovaram, sendo que 64,4% criaram novos produtos e serviços, 21,6% melhoraram a gestão e 17,9% aperfeiçoaram seus produtos/serviços. Ainda entre os avanços estão investimentos em marketing e novos canais de venda, melhorias na estrutura física, mudanças no processo produtivo, participação em feiras e definição do nicho do negócio. Conforme o estudo, o programa tem impacto direto no desempenho dos negócios participantes, uma vez que 69,2% aumentaram as vendas e 89,7% mantiveram ou reduziram custos.
"Os principais resultados alcançados após o MEI UP podem ser resumidos em quatro frentes: diversificação de portfólio, crescimento do negócio, aumento do faturamento (receita, lucro e clientes), mudança de comportamento do empresário e inovação. O relato mais presente entre os participantes do programa é de um divisor de águas na vida pessoal e profissional e a palavra de ordem é a transformação", destaca o analista técnico do Sebrae/SC, Cláudio Ferreira.

DUAS PAIXÕES
Kate iniciou seu negócio um ano após sua mudança de Curitiba (PR) para Chapecó (SC), com o propósito de acompanhar seu esposo, exatamente no início da pandemia da Covid-19. A advogada trabalhista por formação e cantora profissional tinha na gastronomia um hobby. Pela dificuldade em retornar à sua área de atuação e de exercer a música optou em fazer cursos online de culinária. Com o tempo livre foi adaptando as receitas e testando os produtos com amigos e familiares. Após a aprovação dos potenciais clientes, elaborou o design da marca com relação a sua paixão, a música, e a sua preferência na estética pelo vintage e retrô.
A originalidade da marca também está presente no cardápio, no qual cada sabor de cookie está relacionado a um cantor de blues, soul ou jazz como Etta Nutella (Etta James), Muddy Chocolate (Muddy Waters), Lemon Ray (Ray Charles) e Caramelo B.B. King (B.B. King). Durante três anos utilizou a cozinha adaptada em sua residência para industriar cookies no estilo americano, que eram comercializados principalmente pela indicação de quem degustava e da divulgação nas redes sociais, com entrega por delivery. De acordo com a empreendedora, de 37 anos, o MEI UP veio no momento ideal de sua empresa, porque conseguia aplicar os conhecimentos adquiridos no programa no que vivenciava no negócio.
"O MEI UP contribuiu muito para visualizar o empreendimento como um todo, pois antes tinha apenas a visão de confeiteira e não da gestão da atividade. Muitas ferramentas coloquei em prática imediatamente, a exemplo do controle financeiro, da previsão de gastos, de estratégias de marketing e do planejamento do negócio. Isso ajudou a organizar o fluxo de caixa com visão clara de futuro", explica Kate. Ao concluir o programa ela conquistou a 2ª posição após apresentação de pitch dos participantes, que foi avaliada por uma banca de convidados. Outro avanço foi a constatação de que a produção em casa estava no limite e de que precisaria outra estrutura para expandir.

Após o programa, a empreendedora fez um estudo de viabilidade financeira com foco em identificar a média de custos fixos e do mínimo de faturamento necessário para inaugurar um ponto de venda. Kate contratou uma assessoria financeira para auxiliar com a projeção de gastos. Depois de seis meses estudando regiões potenciais identificou uma localização estratégica, próximo a escolas, clínicas e consultórios médicos, farmácias e escritórios na área central do município. Com aporte financeiro do esposo, que ou a sócio do negócio, ela inaugurou a loja física.
Imagens: Divulgação/ Junior Ivanor
Assim, como Kate outros empreendedores que participaram do MEI UP também obtiveram resultados expressivos em suas atividades econômicas. O programa surgiu no oeste catarinense a partir da proposição da Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) e uma construção conjunta com o Sebrae/SC, mas hoje está disponível em todas as regiões catarinenses.
No momento há turmas nos municípios de Chapecó, Caçador, Indaial, São Miguel do Oeste e Tubarão. Levantamento do Observatório de Negócios do Sebrae/SC com os empreendedores que concluíram o programa em Chapecó e Blumenau reforça a eficiência da metodologia.
O MEI UP contribuiu para a expansão dos negócios. Os empreendedores relataram aumento médio de 54,46% no faturamento mensal, pois saíram dos R$ 5,3 mil para mais de R$ 8,2 mil/mês. Fator que contribuiu também para o incremento de 33,52% no faturamento anual, pois a média ou de R$ 48 mil para R$ 64,4 mil por ano. Com isso, 10% dos participantes migaram da modalidade de microempreendedor individual (MEI) para microempresa (ME). Entre as condições que favoreceram esse crescimento positivo nas finanças estão a diversificação de produtos e serviços em 69% das empresas e o aumento de 210% no número de clientes.
Os números também comprovam que a inovação influencia a transformação. Conforme o estudo, após o programa 81,7% dos empreendedores inovaram, sendo que 64,4% criaram novos produtos e serviços, 21,6% melhoraram a gestão e 17,9% aperfeiçoaram seus produtos/serviços. Ainda entre os avanços estão investimentos em marketing e novos canais de venda, melhorias na estrutura física, mudanças no processo produtivo, participação em feiras e definição do nicho do negócio. Conforme o estudo, o programa tem impacto direto no desempenho dos negócios participantes, uma vez que 69,2% aumentaram as vendas e 89,7% mantiveram ou reduziram custos.
"Os principais resultados alcançados após o MEI UP podem ser resumidos em quatro frentes: diversificação de portfólio, crescimento do negócio, aumento do faturamento (receita, lucro e clientes), mudança de comportamento do empresário e inovação. O relato mais presente entre os participantes do programa é de um divisor de águas na vida pessoal e profissional e a palavra de ordem é a transformação", destaca o analista técnico do Sebrae/SC, Cláudio Ferreira.

DUAS PAIXÕES
Kate iniciou seu negócio um ano após sua mudança de Curitiba (PR) para Chapecó (SC), com o propósito de acompanhar seu esposo, exatamente no início da pandemia da Covid-19. A advogada trabalhista por formação e cantora profissional tinha na gastronomia um hobby. Pela dificuldade em retornar à sua área de atuação e de exercer a música optou em fazer cursos online de culinária. Com o tempo livre foi adaptando as receitas e testando os produtos com amigos e familiares. Após a aprovação dos potenciais clientes, elaborou o design da marca com relação a sua paixão, a música, e a sua preferência na estética pelo vintage e retrô.
A originalidade da marca também está presente no cardápio, no qual cada sabor de cookie está relacionado a um cantor de blues, soul ou jazz como Etta Nutella (Etta James), Muddy Chocolate (Muddy Waters), Lemon Ray (Ray Charles) e Caramelo B.B. King (B.B. King). Durante três anos utilizou a cozinha adaptada em sua residência para industriar cookies no estilo americano, que eram comercializados principalmente pela indicação de quem degustava e da divulgação nas redes sociais, com entrega por delivery. De acordo com a empreendedora, de 37 anos, o MEI UP veio no momento ideal de sua empresa, porque conseguia aplicar os conhecimentos adquiridos no programa no que vivenciava no negócio.
"O MEI UP contribuiu muito para visualizar o empreendimento como um todo, pois antes tinha apenas a visão de confeiteira e não da gestão da atividade. Muitas ferramentas coloquei em prática imediatamente, a exemplo do controle financeiro, da previsão de gastos, de estratégias de marketing e do planejamento do negócio. Isso ajudou a organizar o fluxo de caixa com visão clara de futuro", explica Kate. Ao concluir o programa ela conquistou a 2ª posição após apresentação de pitch dos participantes, que foi avaliada por uma banca de convidados. Outro avanço foi a constatação de que a produção em casa estava no limite e de que precisaria outra estrutura para expandir.

Após o programa, a empreendedora fez um estudo de viabilidade financeira com foco em identificar a média de custos fixos e do mínimo de faturamento necessário para inaugurar um ponto de venda. Kate contratou uma assessoria financeira para auxiliar com a projeção de gastos. Depois de seis meses estudando regiões potenciais identificou uma localização estratégica, próximo a escolas, clínicas e consultórios médicos, farmácias e escritórios na área central do município. Com aporte financeiro do esposo, que ou a sócio do negócio, ela inaugurou a loja física.
Estamos na fase de consolidar esse fluxo de comercialização. Neste período, sofremos com a inflação e o aumento de insumos fundamentais para a produção dos cookies, que são a manteiga e o chocolate", analisa. Os próximos os estão relacionados ao planejamento de expansão da atividade."Tem sido desafiador esse primeiro ano. Por ser novidade o crescimento foi rápido tanto que ei de MEI para Sociedade Limitada (LTDA).
Imagens: Divulgação/ Junior Ivanor